Fabricante dos caças Gripen, a Saab não é a única empresa sueca a manter os planos de voo no Brasil. Uma pesquisa realizada com companhias do país escandinavo com atuação nacional mostrou que, apesar da forte crise econômica provocada pelo coronavírus, o Brasil continua sendo um país onde os suecos veem grandes possibilidades de negócios, otimismo. Prova disso é que, das 53 empresas que responderam à pesquisa em um universo de 67 convidadas pelo Business Climate Survey Brazil 2020, nenhuma companhia afirmou ter planos de deixar o país neste momento ou nos próximos anos.

A manutenção da aposta no Brasil deve-se aos bons resultados obtidos por firmas suecas nos últimos anos. Em 2019, por exemplo, apesar do desempenho apenas moderado do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, com alta de 1,1%, apenas uma a cada quatro empresas consultadas pela pesquisa declararam ter registrado queda nos lucros o país.

Participaram da sondagem grandes companhias suecas, como ABB, Assa Abloy, Atlas Copco, Electrolux, Ericsson, Saab, Sandvik, Scania, SKF, Volvo e Tetra Pak. Realizada pela Embaixada da Suécia em parceria com a Business Sweden Brazil e a Câmara de Comércio Sueco-Brasileira (Swedcham), a pesquisa demonstra que as empresas do país nórdico apostam em um cenário de recuperação pós-pandemia.

Um dos motivos é que o Brasil, mesmo enfrentando dificuldades para vencer a crise, mantém um bom ambiente de negócios e é um dos países com maior potencial para o desenvolvimento de projetos sustentáveis, área em que as companhias são referência global.

A parceria entre os países, que em 2026 irá completar dois séculos, vem crescendo nos últimos anos e será destaque nas Semanas de Inovação Suécia-Brasil 2020, evento que reúne especialistas de ambos os países para discutir ideias e soluções inovadoras em áreas como sociedade, tecnologia e meio ambiente. Este ano, por conta da pandemia, boa parte da programação será online e gratuita.